Quando entramos em uma casa onde vive um bebê, logo sentimos uma atmosfera diferente. É como se ali houvesse outro ritmo, outro tempo, outra densidade. Tudo fica mais lento, os sons mais baixos, os movimentos mais delicados.
O bebê aos poucos vai ganhando seu espaço dentro da casa, dentro da família e dentro de cada um de seus cuidadores. Espaço esse que é criado no dia a dia, a partir da RELAÇÃO, da CONEXÃO, da troca de olhares, do toque no corpo, do colo, da fala suave do adulto, das tentativas de descobrir o motivo do choro.
Do choro da mãe que se angustia por não saber todas as respostas de imediato, mas que segue respirando fundo e oferecendo seu acolhimento; e que também é acolhida belo bebê quando esse se aconchega no seu colo e se entrega ao calor e ao sono.
Nossa experiência nos mostra que o importante é esse adulto se posicionar internamente de forma a estar aberto a esse encontro, que é único entre esses dois seres.
Único porque cada bebê nasce com algo que é só dele! Podemos chamar de essência, alma, experiência prévia no ventre, código genético, etc. O fato é que cada bebê tem características únicas e é um universo a ser descoberto.
O adulto que está nessa relação também possui sua individualidade, suas experiências, suas memórias e emoções.
Assim, cada relação ADULTO/BEBÊ é singular por ser um ENCONTRO entre dois seres únicos.
São essas relações as primeiras referências de mundo do bebê!
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